Saturday, August 05, 2006

O aperto

O aperto de não te ter, aperto de te perder, aperto de não te compreender
Aperto de ter aperto por te ter.

Aperto de te ter apertado, entalado entre o racional e o emocional.
Aperto por ter medo que te sintas um dia apertado demais em mim.

Aperto que quero manter
No lado que é para apertar,
Com muito cuidado e atenção
No cofre forte (apertadas as porcas e os parafusos) do meu coração.

03/08/06

Clepsidra

6 Comments:

Blogger a das artes said...

Linda! Voltou a escrever... e boniiito!

10:52 AM  
Blogger Clepsidra said...

eheh

Precisava de olear o intelecto..os parafusos estavam perros :P

2:25 PM  
Blogger APC said...

Magnífico!
Experimental, emocional, e "tal & qual"! :-)
Gostei. Assim como gostei do teu comentário que me trouxe a visitar-te. Dizias tu, N'Um Lugar de Silêncio, que:
"A infância é sempre aquela ferida cicatrizada na nossa vida inteira. E somos sempre, pelo bem e pelo mal, masoquistas que adoram revisitar essa época de mistério e iniciação, como um ritual escapatório da morte".
É bem, senhora!!! ;-)
Um abraço :-)))

12:19 PM  
Blogger Clepsidra said...

:) ena, olha que eu coro...Obrigado pela visita !*

10:02 AM  
Blogger Rui Barroso said...

Ela nunca mais passa o aperto? :s

;)

7:03 PM  
Blogger m. tiago paixão said...

tenho passado algumas vezes pelo teu blog, algumas das quais um pouco desatento confesso, mas senti que tinha de comentar este poema...

agora fico um pouco bloqueado e digo-te apenas que gosto da maneira como escreves, como sentes/transmites (ou as duas coisas numa só) este/esse Aperto!
belo poema!

4:57 PM  

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